A Paróquia

História da Paróquia do Arcanjo São Miguel do  Rio Piracicaba- MG

O escritor Fernando Pessoa no poema Mar Português, define que “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”. Ao olharmos a história de Rio Piracicaba podemos perceber a profundezas dessas palavras. Durante a sua história compreendemos a presença de Deus guiando a Igreja e o povo através dos sonhos e das esperanças para vencer os desafios do dia-a-dia.

A história de Rio Piracicaba de acordo com o Memorial do Arraial da Vila de São Miguel presente na revista do Arquivo Público Mineiro, descreve o seu início se deu com a chegada do Capitão-mor João dos Reis Cabral, nascido na província de São Paulo, casado com Dona Maria Antunes de Camargo, deixando naquela província   mulher e numerosa família, veio a esta região em 1713 em pesquisas de ouro.

Chegando no dia 29 de setembro do mesmo ano, à beira de um pequeno córrego, afastado um quarto de légua do lugar, onde mais tarde tornou-se arraial, assentou seu lugar ao longo dessa corrente de água e dessa época em diante ficou sendo denominado “Córrego de São Miguel” em homenagem ao Arcanjo reverenciado pela Igreja Católica no dia 29 de setembro.

Nas margens do rio Piracicaba em1714, o Capitão Mor João dos Reis Cabral, deu princípio à fundação do arraial de Antonio Dias, alternando sua residência deu também princípio a fundação de outra Vila denominada Piracicaba por ser banhado pelo rio desse nome, este arraial teve e tem por protetor São Miguel, por derivação do referido córrego.

Pelos resultados auríferos em 1715, achavam-se as novas povoações em rápido engrandecimento: em virtude disso, lembrou-se o dito Capitão Mor de pedir um padre para Antonio Dias. Em fins do mesmo ano, dirigiu ele uma petição ao Excelentíssimo Bispo do Rio de Janeiro, Dom Frei Francisco de São Jerônimo, pedindo que desse aquela nova povoação a um vigário, acrescentou que muito desejava que fosse um frade, indicando um que era seu parente sendo este o For de Antonio Dias Frei Gaspar de Santa Maria, religioso do Carmo. Pouco tempo depois, esse vigário por causa de uma epidemia que se desenvolveu no lugar, como dizem uns, ou por motivos particulares como dizem outros, deixou o local da respectiva Paróquia a freguesia e firmou sua residência em São Miguel, trazendo em sua Companhia o reverendíssimo padre Antonio Freire, natural do Rio de Janeiro,que mais tarde veio a ser seu sucessor os 2 vigários de São Miguel.

Depois de alguns anos o distinto fundador Capitão Mor. João dos Reis Cabral faleceu subitamente na freguesia de São Miguel do Piracicaba, aos 6 de dezembro de 1725. No princípio da povoação houve uma pequena capela edificada, segundo as tradições antigas, pelos primeiros habitantes, no lugar onde mais tarde edificou uma casa o finado Manoel de Jesus Barros, que é posteriormente foi a casa de Jerônimo Américo de Azevedo Barros.

Quanto à velha Matriz que foi demolida no dia 23 de maio de 1869, pelos missionários da Congregação de São Vicente de Paulo, Pedro Bós, Brayde e Prospero a mandado do Bispo Dom Viçoso, teve princípio em 1717 pelo 1 vigário Gaspar de Santa Maria. O primeiro livro de assento de batizados da paróquia foi feito e rubricado a 19 de junho de 1825 por Antonio Duarte Raposo, Vigário da Vara da comarca do Rio das Velhas. O primeiro sino denominado das almas foi fundido no ano de 1727, como consta na inscrição nele existente: que serviu até o ano de 1792 em que foi fundido por José Antonio de Tal, um sino maior chamado do Sacramento, o qual foi quebrado pelos repetidos toques no funeral vigário João Pinto da Cruz, em janeiro de 1862. Em lugar deste, no dia 21 de julho de 1869, José Luiz Caldas, residente em Ouro Preto, a rua das Cabeças, refúgio outro.

No ano de 1855 vindo a este arraial de São Miguel do Piracicaba celebrar o batismo de uma filha do cidadão Guilhermino Rodrigues de Vasconcellos, Monsenhor José Felicíssimo do Nascimento, vigário da freguesia da cidade de Itabira, chegando em uma das janelas da casa do cidadão capitão Vicente Correa da Silva Pessoa, em conversação intima com o mesmo, lançou as vistas na velha matriz e lamentou o estado triste de ruínas em que se achava, e fez sentir ao aludido capitão a necessidade de empreender-se quanto antes a construção de uma nova. Essas palavras caíram no peito do capitão Vicente, e encontrarão nele disposição e robusta vontade.

Sem mais hesitar foi logo o aludido capitão procurar o cidadão Manoel Fernandes do Sacramento para propor-lhe tão alta empreitada, este cidadão aderiu ao dito Capitão. Em seguida ambos comunicarão seus sentimentos ao reverendo padre Evencio Antonio Rodrigues Pinto, na qualidade de coadjutor da paróquia, não só para obter anuência do respectivo pároco o reverendíssimo padre João Pinto da Cruz, como para ocupar a vanguarda dos que tinham de promover a edificação do novo templo.

A primeira comissão foi assim composta: no dia 29 de abril de 1855, reuniu o povo e votou para membros da mesma comissão, nos cidadãos o reverendíssimo padre Evencio Antonio Roiz, Padre Antonio Tomé Rodrigues, Capitão Fernandes da S. Cirurgião Mor. Antonio Fernandes Diniz e Capitão Vicente Correa da Silva Pessoa.

Esta Comissão deu princípio as obras da nova Matriz, pleiteando os esteios principais, fez as paredes laterais de madeira, aprontou o telhado e fez as portas, uma principal e 2 laterais. Neste estado ficarão as obras paralisadas por espaço de quase 14 anos.

Vindo então paroquiar esta freguesia no ano de 1868, o cônego Cassiano Odorico da Silva, construiu uma capela, para servir de exposição provisória do Santíssimo Sacramento, ficando depois para a devoção de Nosso Senhor dos Passos, inaugurada em 30 de agosto de 1868.

Refazendo parcialmente a colocação de caibas na capela dos Passos, caiando e oleando as partes que mereciam retoques sobre a parte principal da capela, na parede achava-se encoberta por papel decorativo e enfeite a inscrição supra do vigário Cassiano, Transportei-a para aqui interna e externamente, as paredes da capela necessitavam de  consertos profundos. O senhor José Galdino empreendeu o serviço geral, deu o trabalho e executou aos 03 três dias de 1947.

Vigário da freguesia de Nossa Senhora da Saúde, encontrou os trabalhos da Matriz na forma supra referida: esse vigário então, na intenção de continuar com as obras da mesma, organizou logo os estatutos que foram aprovados pelo senhor ex. rem o sr. Conde da conceição, Bispo de Mariana, a 21 de abril do mesmo ano.

Há 30 de maio de 1869, de conformidade com o artigo 3 dos estatutos, organizou-se uma comissão, composta dos cidadãos capitão Vicente Correa de S Pessoa, Tenente Antonio Fernandes Diniz, Joaquim Pinto Coelho, Bernardo Gonçalves Dias de Lacerda, Vicente Augusto da S Martins e Honorio Coelho de Albuquerque. Essa Comissão com zelo e dedicação mandou vir de Paulo Moreira, hoje cidade de Alvinópolis, um oficial carpinteiro bastante perito-José Camillo de Oliveira que trouxe em sua companhia mais 3 oficias ajudantes e deramprincípio aos trabalhos no dia 11 de julho de 1871, terça-feira.

Esta Comissão prestou seus serviços à Casa de Deus, compreendeu que um templo decente no seio de uma povoação é um sinal evidente, não só do espírito religioso do povo, como também abre o progresso local e a felicidade do mesmo povo.

Essa mesma comissão, ou antes alguns membros d’ela, por alguns desgostos, ou por fatigados por ter muito trabalhado, no dia 25 de maio de 1870, despedirão e abandonarão as obras. O vigário sentiu bastantemente a retirada de tão distintos membros, porém não desanimou, por conhecer que nas coisas humanas sujeitas a contingência assim aconteça, mas nas coisas que são de Deus, são resolvidas conforme a vontade do próprio Deus.

Para substituir alguns membros que se despedirão, formou-se nova comissão na forma seguinte, membros: T.C.Tormentino Bastos, T. Anastacio Ant de Araujo, Vicente Corrêa Pessoa Junior, Caetano Pereira da Silva e Francisco Gonçalves Lima, todos cheios de vontade, anuirão e aceitarão com prazer o encargo a eles outorgado.

A Matriz precisava ser concluída, mas, os meios pecuniários o Governo pela lei n° 1811 deu a quantia de 4708485. Por outra lei nº 875 concedeu mais um conto de reis, que liquidados produzirão 9478000.

Com repetidas chamadas mensalmente, com donativos pecuniários alcançados de pessoas não só residentes no lugar, como de diversas freguesias e grandes esforços dos comissários, puderam com mil trabalhos e fadiga o vigário dessa época, Cassiano Odorico da Silva concluíram as obras da Matriz, que tiveram princípio-Terça-feira-11 de julho de 1871 e concluíram-se a 11 de março de 1876, no espaço de 5 anos e 3 meses. Concluídos estes penosos trabalhos, o respectivo vigário dirigiu ao excelentíssimo vigário capitular uma súplica na forma infra escrita em despacho, para a cidade de Mariana, em 22 de maio de 1876.

Diz o vigário Cassiano Odorico da S, que se achando com a nova Matriz de São Miguel do Piracicaba pronta e decente para celebração dos atos sagrados da Igreja por isso suplica a vossa excelência faculdade para benzer a referida Matriz, cujo ato terá lugar no dia 29 de abril.

Vossa excelência achando justo o pedido se digne deferir benignamente E R M lugar do selo – Mariana, 26 de abril de 1876 –Almeida

“Silvério Gomes Pimenta, presbítero secular do habito de São Pedro, Vigário Capitular, Geral e Provisor pelo e Rvm Cabido-sede vacante, etc. Aos Fieis cristãos saúde e Paz-Faço saber que atendendo a petição do reverendo vigário encomendado da Freguesia de São Miguel do Piracicaba-Hei por bem conceder licença ao dito reverendo suplicante ou sacerdote de sua licença para que possa visitar a Matriz novamente edificada na freguesia de São Miguel do Piracicaba , e achando a conforme prescreve o direito com pedra d’ara, altar proporcionado, com os ornamentos das Cores que usa a Igreja a possa benzer segundo o ritual Romano, lavrando-se um termo competente desse ato. Tudo isto feito se poderá celebrar o Santo Sacrifício da Missa e os mais sacramentos, salvos sempre os direitos  paroquiais e da fábrica. Esta provisão se cumprirá inteiramente como nela se declara, sanando com esta qualquer irregularidade que por ventura houvesse em sua construção, e será registrada. Dada nesta cidade de Mariana, sob o zelo da Mesa Capitular e meu sinal, aos 21 de setembro de 1876, eu, cônego Ignacio Pereira de Almeida, escrivão da Câmara Eclesiástica que escrevi.

Silvério Gomes Pimenta”

Ata da benção da nova Matriz de S. Miguel do Piracicaba. Aos vinte e cinco dias do mês de outubro do ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e setenta e seis, ás dez horas do dia, teve lugar nesta povoação, sede d’está paroquia, a benção solene da nova Igreja Matriz, dedicada ao culto Divino sob a invocação do Arcanjo São Miguel, cuja benção foi celebrada pelo Meritíssimo Monsenhor José Feíssimo do Nascimento. Presbítero Secular do Habito de São Pedro, VigárioColado na Paroquia Igreja de Nossa Senhora do Rosário da cidade da Itabira, Vigário da vara da comarca eclesiástica da mesma cidade , cônegoHonorário da Santa Igreja Catedral e Capela Imperial, comendador da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e setenta e seis , ás dez horas do dia, teve lugar nesta povoação, sede d’estáparóquia, a benção solene da nova Igreja Matriz, dedicada ao culto Divino sob a invocação do Archanjo São Miguel, cuja benção foi celebrada pelo Meritíssimo Monsenhor José Feíssimo do Nascimento, Presbítero Secular do Habito de São Pedro, Vigário Colado na Paroquia Igreja de Nossa Senhora do Rosário da Cidade de Itabira, Vigário da Vara da comarca Eclesiástica da mesma cidade , cônegoHonorário da Santa Igreja Catedral e Capela Imperial , comendador da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo e da Imperial da Rosa, etc. Depôs de vela , examinado segundo o direito canônico, e as instruções prescritas na licença dada pelo exe. Capitular, com data de 26 de setembro do corrente ano, Padre Silveiro Gomes Pimenta, acha-la em ordem litúrgica, isto é, não só quanto à forma exterior, como quanto as formalidades interiores; concluída a benção segundo manda o ritual romano, celebrou em ato continuo a Missa Pontifical, com o Santíssimo Sacramento exposto. Acolitarão todo este atoo reverendo senhores- Padre José Rodrigues dos Santos, como sacerdote assistente; Padre Cassiano Odorico da Silva, como Diácono, Padre Candido Symphronio de Castro e S. como subdiácono; Padre Alypio José da S Franklin e Padre José Luciano de Almeida. Foi orador do ato, recitando um Sermão análogo, o RVM. P. Camillo, de Lellis Ferreira Velloso, ficando todas as cerimonias terminadas ás 3 horas da tarde. O ReverendíssimoPároco da Freguesia, Padre Cassiano Odorico da Silva mandou lavrar este presente termo em livro competente para memoria, ou devida inteligência do ato, indo assinar por todos ministros do mesmo ato. Monsenhor José Felicíssimo, do Nascimento. Vigário Cassiano Odorico da S. –Padre José Luciano de Almeida, Vigário Candido Symphronio de Castro e Padre José Rodrigues dos Santos, Padre Alypio José da Silva Franklin, Padre Camilo de Lellis Ferreira Velos

O registro da Revista do Arquivo Público Mineiro foi registrado pelo pároco José Saturnino Fernandes de Freitas que desde que assumiu o paróquia em 19 de novembro de 1946, buscando retornar os livros paroquiais na comunidade que haviam sido perdidos entre eles os livros de batizados, de Tombos e de Matrimônio. Recebendo a chave da Casa Paroquial em 31 de maio de 1948, durante os cinco anos ocorreu a suspensão da festa de Bom Jesus e seguindo o pedido de Arlindo Ferreira foi realizada uma segunda comissão para a dar andamento as obras da Igreja Matriz e também uma reforma na Casa Paroquial, que havia em 19 de fevereiro desmoronado sobrando dois quartos e sala, sendo os serviços revistos por José Galdino, iniciando-se em 16 de julho de 1948.

Os livros de batismo, casamento foram levados nos dias 16 e 17 de agosto de 1948, para o armário da Igreja Matriz, cuja chave está em poder de Sebastião Manuel Faustino, buscando desde 19 de novembro de 1946 até 19 de agosto de 1948 retornar as coisas pertencentes a paróquia e ao arquivo paroquial.

O sucessor foi o reverendíssimo padre Deolindo Coelho, que chegando na paróquia em fins de agosto de 1948, tomando posse no dia 28 de setembro, véspera da festa de São Miguel Arcanjo se colocando sob a proteção do Santo de devoção, porém por estruturação da paróquia a mesma festa não pode ser realizada, assim o padre Deolindo atendeu o pedido do senhor Camilo Ataíde, um novo espírito da presença de Deus se iniciou na paróquia.

Onde se realizou as festas em 8 de dezembro da Imaculada Conceição, no ano seguinte de 1949 a festa do Menino Jesus em 6 de janeiro e a festa de Bom Jesus onde houve perto de 3.000 comunhões e um saldo de 22 mil cruzeiros que foram utilizadas na reconstrução da Igreja Matriz, restaurou o mês de Maria interrompido há 8 anos, porém a principal festa foi a de São Miguel que foi concelebrada pelo padre Antonio Mendes, pároco de Nova Era.

Sendo realizadas as festas do Espirito Santo e de Santa Efigênia, outro momento marcante foi a Semana Santa que havia sido interrompido ocorrendo a procissão de Ramos, Encontro do Senhor Morto e da Ressurreição.

Reformou também os trabalhos da paróquia como a construção da capela de Bom Jesus que haviam sido paralisadas em dois anos e que as intempéries das chuvas danificavam as obras. Pedindo a licença ao Arcebispo, conseguiu dentro de um ano terminar os trabalhos da capela que segundo o pároco era maior que muitas matrizes.

Sendo inaugurada no dia 05 de maio de 1950 com a presença dos sacerdotes Padre José Sales C.M., Padre Levi Barros, Padre Geraldo Barreto, padre João Cupertino e padre Joaquim Pessoa, foi benzida pelo padre Deolindo Coelho, a nova Capela do Senhor Bom Jesus com autorização do Bispo Auxiliar Dom Daniel B Neves.

Sendo realizada a Festa de Bom Jesus com 10.000 pessoas na procissão em Rio Piracicaba sendo realizadas muitas comunhões, além da construção de capelas em comunidades de Carvalho de uma casa paroquial, a capela de São José e as festas de São Sebastião e de Nossa Senhora.

Dentre todos os párocos responsáveis pela primavera na paróquia de São Miguel do Piracicaba certamente o pároco Padre Doutor Levy de Barros foi um dos principais representantes que assumindo a paróquia em dezenove de junho de 1950, às 19 horas na Matriz de São Miguel de Piracicaba, tomou posse pelo Senhor arcebispo Dom Helvécio Gomes Pimenta.

(Foto da posse de padre Levi de Barros 10)

Padre Levy de Vasconcellos Barros nasceu na fazenda do Mata Cavalo em Rio Piracicaba, em 31 de dezembro de 1899. Filho de Jerônimo Américo de Azevedo Barros e Mariana de Vasconcellos Barros, desde o nascimento deve muitos cuidados da sua mãe, porque era muito doente e franzino.

Começou a sua formação escolar com mais idade, devido à sua fraqueza física, mais vencendo as diversidades sempre foi considerado o primeiro da classe, fazendo curso primário na Escola primária do Professor José Martins Quintão em sua terra natal e depois 02 anos indo estudar no Colégio em Três Ilhas perto de Juiz de Fora, em seguida indo seguir a sua vocação no Seminário Menor e Maior de Mariana, sob o tempo de Dom Silvério Gomes Pimenta.

Apesar de enfrentar doenças e com restrição alimentar, passou pela formação rigorosa do seminário de Mariana, a partir do ideal de ter em mente realizar o sonho de ser Sacerdote.

Ainda bem criança, ajudou os Missionários que aqui estiveram em Missão como acólito, em menos de uma semana aprendeu a dialogar com o latim das respostas da Santa Missa. Nesta época ele fez a sua primeira comunhão. Sua adesão ao serviço da Igreja foi feita desde o seu nascimento, no seu lar. Bem pequenininho começou a gostar da História Sagrada, que aprendeu com a sua querida Mãe, que era apaixonada pelos livros sagrados.

Logo nos primeiros anos de Seminário, perdeu o seu pai, sendo esse uma perda marcante em seu processo para se formar sacerdote. Desde o limiar da sua última etapa dos seus estudos, a expectativa como sacerdote passou a ser uma realidade constante em sua vida, augurando-lhe como uma missão, que tudo tinha deixado para seguir as pegadas do Cristo.

No dia 10 de agosto de 1927, o Senhor Arcebispo Dom Helvécio Gomes de Oliveira na Capela do Seminário Maior de Mariana conferia a ordenação sacerdotal ao Diácono Levy de Vasconcellos Barros. A sua ordenação foi antecipada quatro meses antes do fim do ano, porque teria que continuar seus estudos em Roma, no Colégio Pio Latino-Americano.

Antes de viajar para estudar na Europa e terminada a cerimônia de ordenação, foi realizar a sua 1° Missa, em sua terra natal, sendo recebido pelo vigário, Padre Manoel Pinto Coelho e pelo povo, distribuindo lembranças da ordenação. Em Roma, fez o curso de Direito Canônico,Teologia, Filosofia durante o período que duravam 03 anos, porém conseguindo fazer o curso em dois anos e meio para retornar ao Brasil para cuidar de sua mãe Idosa.

Durante o seu retorno de navio que durou vários dias passou muito mal, porém conseguiu melhorar e pode realizar uma celebração no navio. Ao regressar ao Brasil, seguindo as orientações do arcebispo Dom Helvécio Gomes de Oliveira retorna a Mariana,em seguida indo para a sua cidade natal de Rio Piracicaba, como descreve a matéria Jubileu Sacerdotal de Ouro Padre Levy, no Jornal Lar Católico:

“Deixou a noite cair, sobre a cidade de Rio Piracicaba, e, passando pela rua de Cima, atrás da Igreja, como um desconhecido entrou na Igreja e aí caiu de joelhos diante do Santíssimo Sacramento, depositando as suas lágrimas, as suas preces de gratidão, por tantas graças alcançadas e por ter encontrado a sua Mãe viva. Depois deste colóquio de amor, veio se encontrar com sua velha Mãe, quase octogenária e seus familiares. ” (p.1)

Depois dessa experiência familiar, aceitou a missão como professor de Direito Canônico no Seminário Maior e outras disciplinas no Seminário Menor e no Ginásio Arquidiocesano em Mariana, durante 08 anos. Sempre aproveitando os poucos períodos de férias, para visitar a sua Mãe.

A saúde e cuidados advindo da idade de D. Mariana, fez com que Padre Levy desejasse morar com ela para poder auxiliar no declínio da vida, já que não pode realizar o mesmo com seu Pai. Assim pedindo permissão ao Sr. Arcebispo para deixar o cargo de professor no Seminário de Mariana e assumir uma paróquia perto de sua Mãe.

Com o consentimento de Dom Helvécio Gomes de Oliveira, assumiu a Paróquia de Santa Bárbara como vigário, atuando por dois anos. Depois pediu ao seu colega o sacerdote José de Freitas, para que pudesse permutar e atuar na paróquia de Rio Piracicaba, em maio de 1941.

Em 10 de novembro de 1942, ocorre o falecimento da senhora Dona Mariana de Vasconcellos Barros, porém mesmo com o sentimento dessa perda o sacerdote permanece como vigário tomando conta de Rio Piracicaba, de João Monlevade, Carneirinhos, Jacuí, Bicas, Ponte Nova, Santa Rita, Tomé Gomes de Melo,Zamparina, Caxambu, Sete Moinhos, Barroso, Jorge, Quaresma, Turvo, Morro Agudo e Carvalho.

De 1941 a 1946 o padre Levy construiu a Igreja Matriz de São Miguel e ainda fez várias reformas e capelas que precisavam de reparos como as de Caxambu, Bicas, Gomes de Melo. Durante esse período adoeceu gravemente e ficou internado no Hospital em João Monlevade sendo transferido para o Hospital de Coronel Fabriciano.

Saindo da paróquia por questões de saúde e atuando como capelão das irmãs das Dores em Itabira por dois anos, retornando no ano de 1950 ano do dogma da Assunção de Nossa Senhora, Padre Levy retorna a sua função como vigário de Rio Piracicaba,  retomando o espírito de reformador e construtor da Igreja atua na construção da Casa Paroquial, completou as Igrejas do Rosário, Bom Jesus, capela de São Jorge, o Asilo Padre Pinto, destinado aos pobres idosos, onde se dedica com atenção e carinho aos idosos, durante esse período todo o atendimento era feito no lombo de animal, porque a região não havia estrada de rodagem.

Em 1968 o padre José Índio do Brasil vindo da paróquia de Dionísio tomou posse em 23 de abril para substituir o Padre Levy que se encontrava adoentado ficando até meados de 1972 quando no Padre Levy de Vasconcelos reassumiu a paróquia pela terceira vez.

Durante a década de 60, a região tem seu progresso com o atendimento de carro para o transporte esse desenvolvimento ocorre em outras esferas da sociedade como a fundação do Ginásio Piracicabanos, do professor Humberto Rosas em 1950, onde o padre Levy foi professor de Latim durante 05 anos. Porém o grande destaque na vida de Padre Levy foi o seu comprometimento sacerdotal, em que se dedicava fielmente e incansavelmente a sua missão sacerdotal, como podemos compreender pela sua dedicação ao confessionário, onde passava horas a fio, durante as primeiras sexta-feiras do mês, atendendo aos penitentes e dando-lhes o conselho espiritual, absolvição dos pecados e demonstrando a sua verdadeira vocação sacerdotal.

Pelos inúmeros serviços prestados a Igreja com fiel devoção o Padre Levy comemorou o seu jubileu de Ouro em Rio Piracicaba em 1977, sendo realizados durante esse período dentre elas se encontram as homenagens da Câmara Municipal feitas pelo presidente Ser, José Pedro de Alcântara e o vereador Dar Miguel de Veto, as manifestações da prefeitura com o senhor prefeito Antônio Vitor, com o projeto D. Mariana de Vasconcelos Barros, o acróstico feito pelo ex-prefeito Yvon de Paiva e o Dobrado de Padre Levy de Vasconcelos Barros, de autoria do funcionário José de Souza Ataíde.

No dia 10/08/77 ocorreu o ponto culminante da festividades, foi celebrada a Missa Campal na praça Durval de Barros em Frente à Igreja Matriz cujos celebrantes foram o Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota de Aparecida,São Paulo, Dom Mário Teixeira Gurgel , Bispo Diocesano de Itabira , Dom Oscar de Oliveira arcebispo de Mariana , Dom José Lázaro neves , Bispo de Assis São Paulo, Dom Lara Leis , Bispo Auxiliar de Itabira , dois monsenhores e 36 padres, sendo essa celebração um momento histórico na história da Diocese.

Segundo o Livro de Tombo I da Paróquia de Rio Piracicaba, aos 08 de outubro de 1977, às 19 horas em uma concelebração na Matriz, com a presença de centenas de fiéis, tomou posse o Reverendíssimo Padre José de Castro como Pároco José de Castro, em que também foi lida a carta em que o senhor Cônego Levy Vasconcelos Barros, solicitou ao Bispo Mario Teixeira Gurgel a exoneração do cargo de Pároco por razão da saúde precária e a da idade avançada.

Em 1977 o redentorista Padre José de Castro Filho recebe a posse como pároco das mãos do excelentíssimo Bispo auxiliar de Itabira Dom Lelis Lara em outubro de 1977. Porém o mesmo seguindo a ordem de seus superiores da Congregação do Santíssimo Redentor foi chamado pelo padre Levy de Vasconcelos Barros, chegando no dia 17 de junho de 1973, um dia após a festa de Nossa Senhora do Carmo.

Seguindo as orientações de padre Levy foi assumindo serviços pastorais, visita a capelas, passou a celebrar a Santa Missa todos os dias as sete horas da noite, a reza do terço com o povo e a novena de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, sendo indicado em duas cartas escritas por Padre Levy de Vasconcelos uma endereçada por Dom Mario Gurgel e outra a Dom Lelis Lara sendo atendido a sua posse.

Padre José de Castro Filho recomeçou a celebração da Semana Santa que havia estado paralisada desde o tempo do padre Deolindo Coelho em 1950, sendo concelebrada pelo reverendíssimo padre Gaspar de Almeida Pinto, realizando sermões e confissões comunitárias a procissão de Corpus Christi teve roteiro inédito seguindo a sugestão do padre Levy, saindo da rua Duque de Caxias, passando pela rua Tiradentes, Brasil, Morro Agudo e retornando a Matriz.

Outra que foi retomada no ano de 1976 que havia sido paralisada foi a festa de São Miguel, o Padroeiro que a pedido de padre Levy, foi promovida pelo padre José de Castro Filho sendo realizada em 1977 um sermão para cada dia da novena com os leigos fieis e em 1978 o Sindicato dos Trabalhadores Rurais –STR- tomando São Miguel por padroeiro e pedindo ao padre para promover as festas.

Esse período de Padre José e marcado pelas Associações religiosas orientadas pelo bispo Dom Mario Teixeira Gurgel dentre elas se encontram a formação inicial do grupo de jovens, o Club das Mães com o curso de Corte e costura e Arte culinária, A liga Católica Jesus, Maria e José, Cruzada Eucarística, sendo desenvolvida pela sobrinha do padre Levy.

Em 1978 houve reuniões três meses antes da festa,  para escolher o festeiro e organizar as procissões sendo escolhido Francisco Américo Martins de Barros,vice-prefeito municipal, sendo instalados dois meses antes da festa alto-falantes, barraquinhas, bingos e leilões, havendo celebração e missas com Dom Lelis Lara, padre Virgílio de Nova Era e os padres Ilídio Emérito Quintão, Padre Geraldo Barreto e Padre Levy para atendimento das confissões. Cabe destacar as vigílias em que participaram D Teresa Viana, Benigna Carolina, Maria Nereu, José Nicolau (Marechal do Congado), Jose Vicente de Paulo (vice marechal), Sebastião de Freitas, José Pereira da Silva e Fabiano de Cristo.

Em 29 de Setembro iria se realizar a festa de São Miguel sendo idealizado uma comissão na câmara municipal de Rio Piracicaba uma reunião a três meses antes, em que tinham como plano inicial um desfile nas capelas portando produtos característicos de cada arraial. Porém ocorreu mudanças, a primeira dela foi a aterradora notícia da Morte do Papa João Paulo I.

Sendo realizada uma Missa concelebrada para os onze padres e concelebrada pelo Bispo Dom Lara Lelis e com as autoridades locais o Juiz de direito, o promotor de justiça e o prefeito municipal. Às 04 horas procissão de São Miguel, missa de ação de Graças, sendo o desfile realizado no momento do ofertório, para o povo agradecer as bênçãos a Deus.

No domingo ás 8 horas, o Padre Levy celebrou na Igreja Matriz e o Padre José de Castro Filho na Samitri e com as graças de Deus os alimentos que foram para o desfile, se tornaram provimentos para a paróquia e o asilo.

Durante o ano de 1979 a festa do senhor Bom Jesus teve uma nova orientação, o conselho paroquial recusou o festeiro do ano anterior e Dom Mario Teixeira Gurgel nomeou um vigário ad hoc que foi o padre Virgílio Rodrigues, redentorista e vigário de Nova Era. Começando a novena e a pregação em todos os dias da novena, em 03 de maio ocorreu procissão seguida por duas bandas com a presença de uma multidão, como confirmação das bênçãos de São Miguel, apesar das chuvas nos arredores: caxambu, Jorge, Tangiru em Rio Piracicaba durante a procissão não caiu um pingo de chuva e a Imagem de Bom Jesus retornou no seu Santuário, em meio a aplausos da multidão e ao hino de Dom José Brandão de Castro. No dia 05 de junho de 1981 chamando o seu sobrinho Paulo e celebrando mesmo doente desde o dia 09 de maio do mesmo ano, padre Levy pediu que não se fizessem gastos exagerados em seu funeral: quero tudo com simplicidade e pobreza, o que quiserem dar a mais, seja para o Asilo e para os pobres.

Às 15 horas em diante ocupou-se de rezar o Pai-Nosso e a Ave Maria até as 18 horas e então rezou o Anjo do Senhor como foi sempre seu costume ao terminar o dia, sendo depois da oração entrou em estado de coma ás 20 horas e faleceu em Belo Horizonte.

Ocorreu uma missa celebrada por Dom Lara e mais cinco sacerdotes ás 10 horas, os sinos tocaram tristemente, às 14 horas foi celebrada missa presidida por Dom Mário e todos os sacerdotes presentes.

Sendo realizadas missões dos redentoristas durante os anos de 1980 até 1983 em que percorreram as comunidades a sede da Igreja Matriz. Com o ano de 1983 foi marcado pela debilidade de Padre Levy e consequentemente a sua morte, o padre José de Castro assumindo toda a responsabilidade continua os trabalhos paroquiais e consegue a arrecadação da compra de bancos para a Igreja Matriz. Realizou-se a festa de Bom Jesus, preparada com antecedência contando com a presença de muitos piracicabenses com procissões da Igreja Matriz ao Santuário.

No mês de agosto de 1983 foi o último mês em que teve atuação de padre José de Castro em frente a paróquia de São Miguel, deixando como legado as realizações das festas solenes, a caridade e organização da Igreja e da fé. Posteriormente assumiu a missão como Pároco em Catas Altas.

No dia 02 de outubro de 1983 foi realizada ás 20:00 na Igreja Matriz de São Miguel, presidida pelo Reverendíssimo Padre Henrique Dominicus pároco de Carneirinhos a 1 Assembleia da comunidade de Rio Piracicaba, em que foram apresentados ao sacerdote alguns problemas da comunidade, dentre eles a falta de um sacerdote residente na paróquia, pois desde a saída de Padre José de Castro, a comunidade era assistida por vigários da cidade de João Monlevade.

As reivindicações do povo chegaram ao coração e Padre Henrique Dominicus da Congregação do Imaculado Coração de Maria, assumiu a paróquia em outubro realizando reformas na Casa Paroquial e fazendo a Festa do Senhor Bom Jesus de 1984, preparando com grande antecedência, através de reuniões e a presença da propaganda na rádio para divulgação da festa.

O ponto alto foi a decoração com as bandeiras que estiveram presentes em todas as janelas e ruas por onde passaram as procissões, a novena possibilitando a reflexão dos fiéis. Em especial das crianças tendo nesse ano 815 crianças participando da primeira caminhada com bandeirinhas nas mãos. Sendo realizada as barraquinhas no dia da novena e com o dinheiro adquirido foi destinada a reformas da Igreja Matriz e a Igreja do Senhor Bom Jesus.

Outra festa de destaque foi a de São Miguel no dia 29 de setembro celebrada o tríduo que substituiu a novena, sendo aceito com grande satisfação pelo povo.

Em 1985 foi realizada sobre a coordenação do padre Henrique Dominicus, uma reforma na Igreja Matriz removendo a pintura e fazendo nos altares uma pintura a base de ouro e no teto uma pintura de compassagens da Sagrada escritura com as cenas da travessia do mar vermelho, a crucificação e ressurreição de Cristo e a pintura do Espírito Santo, sendo realizadas pelos senhores Dirceu Silva Júnior e o Dar, Antônio Carlos Thompson Tomé que entregaram o serviço em 03/05/85.

Também foram realizadas as obras de um Museu de Arte Sacra como forma de preservação das Imagens Sacras que compõe o acervo da paróquia e a construção da capelinha do Santíssimo Sacramento. Foram realizados pintura na Igreja do Rosário e vinte bancos novos.  A Igreja de Santo Antonio de Bicas, também recebeu uma nova pintura.

Durante a Semana Santa ocorreu uma procissão de ramos para a aclamação de Cristo Rei, com entusiasmo em muitos cantos e ampla participação da comunidade ficando a Igreja com grande quantidade de fiéis.

Durante o ano de 1985, foram realizadas durante a Festa do Senhor Bom Jesus, novenas nas casas com os livrinhos da novena e a programação em que a comunidade católica refletia sobre o Bom Jesus, assim fizeram durante as procissões, sendo realizadas leilões com 29 cabeças de gado, sendo diminuídas para 20 cabeças no ano de 1986, quando tiveram participação de bandas de músicas de outras cidades próximas.

No final do ano de 1986 foram realizadas reformas na Igreja do Senhor Bom Jesus com modificações nos altares, no teto, nas portas e uma pintura nova, com participação dos Piracicabenses através de cartas enviadas pela paróquia contribuíram para as reformas iniciadas naquele ano.

Em 1987 a festa do Senhor Bom Jesus foi marcante porque através de uma carta incitando a participação do povo a enfeitar as ruas, onde passaram as procissões todas as ruas foram enfeitadas com bandeiras e as bandas participaram ativamente como a do Rio de Janeiro.

O Clube de Mães foi criado com intuito de conscientizar as mães carentes diante de situações difíceis iniciou-se no dia 23 de março de 1987, viajando de férias para Bélgica.

Em outubro 1987 padre Henrique retorna de seu país natal, sendo recebido por uma pequena comitiva que mesmo com forte chuva o esperava, chegando na cidade com salva de fogos, iniciaram-se com o retorno de padre Henrique as obras coordenadas pelo senhor Jairo Muraria entre elas o Centro Pastoral e uma garagem próxima a casa paroquial para acolher os visitantes e a outra como galpão para a feira livre.

Em 1988 estavam em reformas o Salão Paroquial sendo construídos dois novos ambientes, uma cozinha e uma copa, sendo utilizado para o curso de noivos, reuniões e encontro pastorais e a criação do coral para se apresentar nas missas e celebrações.

A festa de Bom Jesus de 1988 foram celebradas com devoção sendo a barraquinha da codorna responsabilidade do asilo, sendo coordenadas pela irmã Angela e o leilão deve ampla participação popular foi sugerido caminhadas e a missa ás 10 horas.

Em uma viagem a Bélgica o padre Henrique conseguiu um fardo de roupas para serem vendidas chegando a Rio Piracicaba em abril através da associação do clube de mães, na antiga garagem, sendo os recursos enviados para auxiliar as pessoas carentes.

Com a intenção de ter um local adequado para as reuniões e celebrações a Comunidade da Samitri, decidiu no ano de 88 arrecadar fundos para a construção de um centro comunitário iniciando as obras.

Em 1989 depois de cinco anos de serviço, o Padre Henrique Dominicus se encerrou as suas atividades na Paróquia de Rio Piracicaba sendo transferido para Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, em Itabira. Sendo realizada no dia 28 de janeiro de 1989 uma Missa de despedida as 19:00 horas na Igreja Matriz.

Com a saída de padre Henrique, veio para a Paróquia o padre Gustavo Guerra Lage, natural de Nova era, tendo ficado treze anos em São Domingos do Prata. Chegando em 29 de fevereiro de 1989

Em 02 de fevereiro padre Gustavo reúne ás 20 horas na Igreja Matriz vinte e cinco pessoas para definição de um programa anual no lugar de um programa mensal, com todas as ações das pastorais. Sendo realizadas reuniões para a Festa de Bom Jesus um mês antes das celebrações sendo realizado novenas na Igreja Matriz e nas capelas das comunidades e a Barraquinha “codorna” coordenada pela Irmã Angela, feito leilão e apresentação de Bandas como as de Rio Piracicaba e de São Domingos do Prata.

A festa do Senhor Bom Jesus foi realizada no dia 01 de maio com Missa de São José Operário, e ás 17:00 Missa dos Trabalhadores sendo no dia 02 de maio confissões comunitárias na Matriz e na Capela do Rosário

Através da administração do padre Gustavo Guerra Lage, o programa da festa de São Miguel, passou a ser aprovada pelo conselho paroquial sendo realizado Missa Festiva às 11 horas e outra às 17 horas com procissão e a benção do Santíssimo. A organização possibilitou o sucesso da festa sendo realizada em 1990, novamente uma reunião do conselho pastoral para organização do programa da celebração.

Nos dias 01, 02,03 e 04 de maio de 1990 a Paróquia de São Miguel realizou a festa do Senhor Bom Jesus, com a festa de São José Operário, missa dos Trabalhadores, Missas na capela do Rosário e na Igreja Matriz.

No dia 29 de setembro de 1990 foi realizada a festa de São Miguel com novena preparatória, com a participação ampla da comunidade e de instituições como a APAE, Emater e o Clube de Mães entre outras sendo realizadas do dia 20 até o dia 28 de setembro com a participação da Banda Santa Cecília e Pio XII.

A semana Santa de 1991 foi organizada através de reunião tendo à frente o Vigário Padre Gustavo e a comunidade em geral, ocorrendo uma boa participação da comunidade e através da reunião aumentando a participação da comunidade.

A festa de Senhor Bom Jesus, começou com a reunião da comunidade ás 15 horas na Igreja Matriz com a oração do Ave Maria, teve ampla participação da comunidade sendo cumprido o programa com a novena e no dia da festa de São Miguel, com participação das bandas de música e de membros das cidades vizinhas.

No dia 12 de outubro de 1991 foi ordenado o Padre Nelson Antonio Linhares de Souza na igreja matriz, com festa com mais de quinhentas pessoas vindas de cidades por onde passou Juiz de fora, Curvelo, Campo Belo, Caratinga entre outros esse filho de Rio Piracicaba demonstrou a fé que o criou desde, a sua mãe que foi coroinha de Padre Levy a fé do povo Piracicabenses.

Em dezembro de 1999 a comunidade paroquial fica sabendo que o Padre Gustavo Guerra Lage, deixaria a Paróquia de Rio Piracicaba para dirigir a paróquia de Vila Tanque em João Monlevade. Chegando em 30 de janeiro de 2000 o padre Delcides André de Souza.

No primeiro dia do mês de fevereiro do ano de 2000 o padre Delcides André de Souza, recebeu posse da Paróquia de São Miguel pelo senhor Bispo, principalmente nesse ano Dom Lelis Lara, onde se encontrou fieis de São Domingos do Prata, Nova era entre outros, além dos fieis de Rio Piracicaba.Estavam presentes os padres Aloísio e Francisco Gera, Geraldo Reis, Eugenio Ferreira Lima, Gustavo Guerra Lage e Delcides André de Souza e vários seminaristas.

Assim que chegou na paróquia mudou o horário de celebrações eucarísticas como a ação eucarística das 08 horas da matriz e colocou-a no Santuário Bom Jesus ás 09 horas, as Missas que eram celebradas as quartas-feiras no Santuário de Bom Jesus foi mudadas para ás 19 horas. Foram realizadas a festa do Senhor Bom Jesus com muita participação e mesmo diante dos desafios e da mudança da secretaria paroquial e descrita pelo sacerdote como uma festa linda e bem ornamentada, louvado seja o Bom Jesus, hoje e sempre nesse ano jubilar.

Durante o mês de junho do ano de 2000 foram realizadas melhoria na iluminação do Santuário e reforma na Igreja do Rosário, além da revisão do telhado da Igreja Matriz com a troca do madeiramento, e a reforma de banheiros no entorno da Igreja. Em setembro foi realizado a festa de São Miguel tentando resgatar a devoção a São Miguel, com novena iniciada em 20 de setembro que contou com a história do Arcanjo e como a devoção a ele nos ajuda a vencer o mal e a combater as injustiças, iniciando com uma grande carreata e encerrando com missa festiva na Matriz.

No dia 27 de janeiro de 2001 na paróquia de São Miguel em Rio Piracicaba na presença de um grande número de fiéis leigos, sacerdotes, religiosos e seminaristas recebeu o sacramento da ordem sacerdotal o diácono Luciano da Paixão, sendo o segundo grau da Ordem sacerdotal o excelentíssimo Bispo Dom Mario Gurgel, bispo emérito da Diocese de Itabira Coronel Fabriciano. No dia 28 de janeiro de 2001 o padre Luciano da Paixão celebrou a sua 1 missa no Santuário do Senhor Bom Jesus.

A pedido da Congregação o padre Delcides André de Souza, deixa a paróquia de Rio Piracicaba, sendo recebido no dia 16 de junho de 2001 o pároco Eurico Teodoro da Silva, recebendo a Posse da paróquia do Bispo Dom Lelis Lara, a celebração foi bem participativa e contando com a participação de toda a comunidades da Paroquial.

Padre Eurico prosseguiu durante seu período na liderança da paróquia as reuniões mensais do Conselho Paroquial de Pastoral –CPP e buscou dinamizá-lo com a assessoria da professora Efigênia Domingues de Nova Era. Assim promoveu cursos de formação e capacitação para as lideranças comunitárias, a cargo das Irmãs da Caridade.

Em 16/06/2002 foi construído um galpão de festas, ao lado da Igreja Matriz de São Miguel, sendo a sua construção decidida em uma reunião do CPP em outubro de 2001, sendo inaugurado no Jubileu de Bom Jesus de 2003, quando as barraquinhas funcionavam neste local. Prosseguiram as festas de Bom Jesus com discussões com a prefeitura e a festa do padroeiro São Miguel. Firmou convênio com a Companhia Vale do Rio Doce para a escolinha de Informática Popular. O padre Eurico Teodoro da Silva, solicitou a transferência para a diocese de Colatina em 26 de outubro de 2003.

Sendo sucedido por Padre Eugênio Ferreira de Lima membro da ordem. Teatina, assumiu a paróquia de São Miguel, temporariamente, como administrador paroquial, até que o Conselho da Congregação Tetina indicasse o novo pároco. Continuou os esforços para firmar e fortalecer o Conselho Paroquial Pastoral-CPP e a administração econômica da paróquia.

Em fevereiro de 2004, o Conselho provincial teatino designou o Padre Luciano da Paixão para assumir o cuidado pastoral, sendo nomeado pelo Bispo Dom Odilon Guimarães Moreira, em 13 de março de 2004.Sendo empossado por Dom Odilon Guimarães Moreira, como presença de grande número de fiéis, na Igreja Matriz de São Miguel. Continuou os trabalhos na formação do CPP ocorrendo reuniões mensais de 2 em 2 meses, organizou a equipe de liturgia e organizou a festa do Senhor Bom Jesus e a festa de São Miguel.

No sábado de Quaresma foi empossado pelo bispo diocesano Dom Odilon Guimarães Moreira, o Reverendíssimo padre João Paulo Marques da Silva, realizou as celebrações eucarísticas, a festa do padroeiro São Miguel e de Bom Jesus além de fortalecer o Conselho Paroquial Pastoral-CPP atuando até 2008.

No dia 07 de setembro de 2008 ás 19:30 na Igreja Matriz de São Miguel de Rio Piracicaba foi empossado pelo bispo diocesano Dom Odilon Guimarães Moreira, formou as pastorais Familiar, da Saúde, da Criança e a pastoral missionária.

Dois acontecimentos foram marcantes em seu período a frente da paróquia o primeiro foi As Santas Missões Populares sendo desenvolvidas no ano de 2010 até 2011 e a segundo destaque foi a festa de 200 anos do Senhor Bom Jesus, no período 22 de abril a 04 de maio de 2011 contando com grande participação dos fiéis.

Em 26 de fevereiro de 2012, em missa presidida por Dom Odilon Guimarães Moreira tomou posse como pároco em Rio Piracicaba o padre Nivaldo de Souza Aranda, prosseguiu na aquisição de alguns móveis para a Casa Paroquial já que os mesmos estavam estragados, realizou a Semana Santa do ano de 2012 no período de 01 de abril a 08 de abril com as celebrações intensas e fervorosas dos fiéis, e realizou o Jubileu do Senhor Bom Jesus com ampla participação popular e de sacerdotes de outras paróquias. Buscou incentivar a reforma da Igreja Matriz de São Miguel, iniciando a reforma em 07 de julho de 2013, foram sete meses de obra, sendo a mesma inaugurada no dia 02 de fevereiro de 2014, com celebração de uma missa na Igreja Matriz de São Miguel.

Em 2015 o padre Élson vital dos Reis foi nomeado pároco pelo Bispo diocesano Dom Marco Aurélio Gubiotti, em 18 de novembro de 2015, a sua nomeação foi advinda do pedido do padre Nivaldo de Souza Abranda para tratamento de saúde, sendo iniciada uma reforma na Casa Paroquial e continuando a estimular as Conselho Pastoral Paroquial CPP.

Em 2016 no dia 24 de janeiro, assumiu a Paróquia São Miguel, de Rio Piracicaba em Missa presidida por Dom Marco Aurélio Gubiotti na Matriz de São Miguel o padre Ricardo Caricati.

Em cada momento da sua história Deus quis que a paróquia São Miguel se desenvolvesse e superasse os desafios do dia a dia, desvelando em sua missão a graça de estar na presença de Nosso Senhor Jesus Cristo, através da proteção de São Miguel Arcanjo, através do sonho de cada um dos que aqui passaram a história e a memória da Paróquia se desenvolve através de sonhos de cumprir os mandamentos de Deus.

Pois como afirma o poeta Carlos Drummond de Andrade na sua antologia poética “ Pois as coisas findas, muito mais que lindas essas ficarão”.

Danilo Souza Ferreira

PARÓQUIA SÃO MIGUEL – Cronologia Histórica

1704 – Chegada dos bandeirantes
1708 – Construção da Capela para celebrações
1713 – Fundação do Município de Rio Piracicaba
1748 – Construção de uma Capela maior e Instituição da Paróquia
1855 – Início da construção da Capela São Miguel com duas torres
1875 – Término da Construção da Capela
1941 – Demolição da Capela antiga e início da construção da atual Matriz São Miguel
1944 – Inauguração da Matriz São Miguel
1965 – Instituição da Diocese de Itabira – Coronel Fabriciano
2013 – Reforma da Igreja Matriz e Casa Paroquial
2015 – Organização da Paróquia em Setores Pastorais
2017 – Ampliação da Casa Paroquial
2018 – Reforma da Secretaria Paroquial, Reforma da Sacristia e do Salão Paroquial
2018 – Criação da Logomarca da Paróquia.

Endereço / Secretaria Paroquial

Horário de Funcionamento
2ª Feira à 6ª Feira de 8h às 12h / 14h às 17h
Endereço: Praça Coronel Durval de Barros, 121, Centro – Rio Piracicaba- MG / 35940-000
Telefone: (31) 3854-1976
E-mail: saomiguel.rp@gmail.com